
Quando Nos Conhecemos
Noah (Adam Devine) teve um encontro perfeito com a garota dos seus sonhos (Alexandra Daddario), mas é visto apenas como um amigo por ela. Ele passa então os próximos três anos tentando entender o que aconteceu de errado, até que ele tem a inesperada chance de viajar no tempo e alterar a noite e seu destino, mais de uma vez.
Quando nos Conhecemos acha que brinca com alguns clichês, vide o flahsback inicial que quem não viu trailer e foi seco para o filme teve uma boa surpresa, porém no todo a estrutura é muito formulaica e conforme o filme avança mais previsÃvel e esquecÃvel ele se torna.
O mote aqui passa por viagem no tempo. Lembrar de Questão de Tempo e Feitiço do Tempo é natural, e sim eles fizeram algo bem melhor no gênero do que o Quando nos Conhecemos. Todas as idas e vindas aqui seguem a mesma base: se tentar consertar vai piorar.
Ou seja, o aprendizado vem pela dor e é aquele aprendizado raso. O protagonista tem uma transformação, mas que é 100% antecipável por quem já viu algum filme nessa linha. Os demais personagens pouco fazem, restringindo-se a girar em torno da bagunça de Noah (Adam Devine).
O ritmo ágil e a boa montagem inicial perdem força e saturam. Quanto mais Noah avança no conhecimento da dinâmica, mais pobre fica Quando nos Conhecemos, quando obviamente o contrário deveria ocorrer.
O protagonista falho, egoÃsta e fracassado é outro modelo que aposta em uma identificação com o público e que no fundo traz pouco de novidade. Tanto que as composições dos atores você já viu algumas vezes.
Diante de algo tão convencional, seria interessante ver uma quebra ou mesmo uma autoconsciência. Não, o longa é só aquilo mesmo. Uma pena que parte do humor, por exemplo, baseie-se em bater com a cara no chão ou no alÃvio cômico no amigo negro.
Apesar de todas as ressalvas, é possÃvel se engajar naquele universo e extrair alguns momentos que salvam o filme de um desastre completo. Ainda assim é muito pouco para um elogio além…