
O Príncipe do Natal: O Bebê Real
Neste Natal, Aldovia vai ganhar um presente de especial: um bebê real. Mas, antes, a rainha Amber precisa desvendar um mistério para proteger a família e o reino.
Já se perguntou como seria poder presenciar uma sessão de ultrassom da Princesa Kate Middleton? Ou estar presente no chá de bebê real, enquanto ela abre as caixas de presentes para encontrar uma versão miniatura do uniforme da cavalaria britânica? Já cogitou a ideia de participar de uma aula de Lamaze ao lado da Princesa Meghan Markle? Ou conversar com ela os perigos de se comer sushi durante a gravidez? Isso já se passou na sua cabeça em algum momento?
Se já, talvez seja melhor reavaliar suas prioridades. Se nunca passou pela sua cabeça, mas ainda assim tem aquela pontinha de curiosidade para saber como seriam algumas destas situações, basta assistir a mais “nova” comédia romântica da Netflix, O Príncipe do Natal: O Bebê Real.
Esta é a terceira parte da série de filmes O Príncipe do Natal, iniciada em 2017, e que teve uma continuação no ano passado com O Príncipe do Natal: O Casamento Real. Agora, como diz o mundo tradicional ocidental dos últimos séculos … se casou, vai ter que engravidar!
Lendo a sinopse pode-se ter a impressão que estamos falando de um mistério daqueles encontrados nos episódios da animação Scooby-Doo. Quem dera fosse!
No fundo, O Príncipe do Natal: O Bebê Real é apenas uma historinha de mistério fantasiada de chá de bebê, ou também, pode ser o contrário. Seja como for, o longa de John Schultz não consegue convencer nem por um lado, nem pelo outro. Foi capaz de ser frouxo em ambas.
Que obras desse tipo possuem um público-alvo definido, já é sabido; que este consome tais filmes que repetem a mesma fórmula, vez após vez, também não é nenhuma novidade. Porém, custa conseguir criar uma história minimamente atrativa? É possível fazer comédias românticas familiares, ao mesmo que proporciona risos, calor, paixão e puro magnetismo com o material.
Alguns exemplos: Um Lugar Chamado Notting Hill, O Diário de Bridget Jones, O Lado Bom da Vida, Simplesmente Amor, Três Vezes Amor, 10 Coisas que Eu Odeio em Você, A Proposta, O Casamento do Meu Melhor Amigo, Amor a Toda Prova, e etc …
Assim, é de se lamentar que longas como este produzido pela Netflix se contentem em apenas relatar pequenos causos da realeza, sem nenhuma fome ou desejo. Tudo é extremamente blasé, ou pior, falsamente encenado.
Desde o primeiro filme de 2017 este é um dos principais problemas, o casal Richard e Amber tem a energia em cena equivalente a um par de ovos cozidos. Ele, ainda tem um passe por representar um membro de família real, onde temos conhecimento do comportamento comedido da nobreza; agora, a jovem Amber se mostra uma personagem completamente desinteressante.