
Magnatas do Crime (The Gentlemen), filme de Guy Ritchie sobre o tráfico de drogas em Londres, ganhou um novo trailer violento, que pode ser conferido acima. A prévia foca na guerra de facções criminosas, principalmente entre os personagens de Matthew McConaughey e Henry Golding.
A trama de Magnatas do Crime segue Mickey Pearson (McConaughey). Um americano que se muda para Londres, onde se torna o rei do tráfico de maconha. Quando gangues rivais ficam sabendo que ele quer se aposentar, a cidade inglesa se torna cenário de uma guerra entre facções tentando roubar o império de Pearson.
O longa ainda tem Charlie Hunnam, Michelle Dockery, Henry Golding, Colin Farrell e Hugh Grant no elenco. Magnatas do Crime estreou em 23 de abril no Brasil.
“Ah, mas contém os mesmos ingredientes do diretor desde Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes!“, clama choramingando o cinéfilo que está descobrindo agora como é que funciona uma assinatura autoral e recorrente no cinema. Acontece. Um dia, todos nós temos que aprender. Entretanto a afirmação é, no melhor dos sentidos, plenamente verdadeira. Posso até dizer, na mesma linha, que Guy Ritchie faz uma inteligente reciclagem de si mesmo em Magnatas do Crime, e com isso consegue entregar uma comédia ambientada no mundo do crime onde ele está perfeitamente à vontade com todos os aspectos da produção e, por isso mesmo, consegue manipulá-los na medida certa para nos impressionar e divertir.
Produto da Miramax após o desligamento com os Weinstein e compra parcial pelo conglomerado ViacomCBS, The Gentlemen não sofre pelos problemas de bastidores e também não é o tipo de filme pretensioso que se apaixona de tal forma pela ideia que se esquece de dar suporte a todos os mistérios, a fim de trabalhá-los no desenvolvimento, chegando ao fim com as deixas aceitáveis e bem contextualizadas para o público pensar no que vem depois. Isso e piscadelas referenciais que tornam a experiência ainda mais gostosa, coisas que vão do poster de O Agente da U.N.C.L.E. (2015) numa cena onde faz todo sentido que ele esteja lá, até o uso de filmes como complemento visual ou narrativo do que está acontecendo no momento, como A Conversação (1974) e A Noite do Terror (John Mackenzie, 1980).