
Liga da Justiça: Deuses e Monstros. Viaje a uma realidade divergente, onde a Liga da Justiça protege o planeta – mas responde apenas a ela própria. Utilizando métodos de intimidação e medo, estes Superman, Batman e Mulher-Maravilha usam força bruta em nome da justiça. Neste universo alternativo, Superman não foi criado pelos Kents em Smallville, o Cavaleiro das Sombras não é Bruce Wayne, e Mulher Maravilha não é uma guerreira amazona de Themyscira.
Quando um grupo de cientistas famosos passam por “acidentes”, uma força-tarefa do governo é acionada e segue uma trilha de pistas que os leva à Liga – mas será que há mais alguém nas sombras operando esse estratagema? Trata-se de um jogo de altas apostas envolvendo intrigas, mistérios e ação, que pretende responder a pergunta: Como você leva a justiça para aqueles que estão acima da lei?
Não dá sempre para ser a mesma coisa. Por isso a DC Entertainment junto com a Warner Bros. Animation decidiram inovar e trazer uma outra Liga da Justiça, dessa vez com menos integrantes e bem mais letal. Em um universo alternativo (sabemos como a DC ama esses universos) Jor-El fracassou ao inserir seu DNA na cápsula e Zod é o verdadeiro pai do Superman que foi criado na Terra por imigrantes e possui uma personalidade mais soturna, fria e calculista. Ao seu lado ele tem Bekka, a Mulher-Maravilha, que possui um passado obscuro, com traições e mortes. E também o Batman, que, após um experimento mal-sucedido para se livrar de um câncer, acaba se tornando meio vampiro.
Assim, os três alimentam suas frustrações e angústias derrotando os bandidos da cidade das formas mais truculentas e violentas possíveis. Aos olhos dos cidadãos e também do Governo, eles não podem ser controlados e são ameaça constante caso decidam se rebelar e tomar conta do planeta. Contudo, os falecimentos de três renomados cientistas coloca-os na mira da investigação do governo e deixa claro que alguém quer muito incriminá-los e livrar o mundo da Liga da Justiça.
Para os que não estão acostumados essa linha narrativa pode parecer um tanto estranha a princípio. Porém, como demais animações da DC, a qualidade do enredo acaba chamando a atenção. Principalmente para aqueles que sempre quiseram ver outra faceta dos personagens e gostam de pensar nos muitos “e se”. Aqui não apenas as personalidades mudaram, como também as caracterizações de cada um e o contexto da Liga da Justiça que possui três integrantes apenas e eles preferem assim, sendo mais conhecidos como os outcasts, aqueles que não se encaixam em lugar nenhum. Assim, fica mais fácil incrimina-los quando as evidências das mortes apontam diretamente para eles.
Superman possui um lado bem mais sombrio e menos político e quem sabe tenha algo a ver com o sangue de Zod circulando em suas veias? O poder, de início, lhe interessa bastante, até ele descobrir o que realmente aconteceu no dia do seu nascimento e correr na direção contrária. Ainda assim, essa nova faceta do heroi é deveras interessante. O mesmo não pode ser dito do Batman que perdeu todo o ar de mistério que o personagem geralmente possui e, agora, ganhou ares mais frágeis e sensíveis. Certamente em se tratando de um universo paralelo, tudo é possível, mas creio que essa versão do Batman não tenha me convencido o suficiente. Todavia, o passado da Bekka é o mais intrigante de todos e também o ponto de convergência para problemas futuros. Já que há a clara intenção de dar continuidade a esse universo, como também introduzir novos personagens, remodelados.
Liga da Justiça: Deuses e Monstros faz parte de uma série intitulada Justice League: Gods and Monsters Chronicles e que foi lançada online em Junho. A primeira temporada consiste em três episódios que focam cada um em histórias com o Batman, Superman e Mulher Maravilha. Respectivamente, e que foram concluídos em 12 de Junho. Uma segunda temporada está em produção e será lançada em 2016 com dez episódios. Não obstante, uma série em quadrinhos também começou a ser lançada em 22 de julho de 2015. E a ordem dos personagens seguirá a mesma da série.