
Jumanji: Bem-Vindo à Selva
Quatro adolescentes estão jogando um videogame cuja ação se passa numa floresta. Eles escolhem avatars para a aventura. Mas um evento inesperado faz com que os jogadores sejam transportados para dentro do universo fictício, transformando-se nos avatars escolhidos.
Crítica
Lançado em 1995, Jumanji é um filme que marcou a infância e juventude de muita gente. Estrelado por Robin Williams, Kirsten Dunst e Bonnie Hunt, o longa funcionava (e funciona até hoje) como comédia e como aventura, e ainda trazia até mesmo momentos de drama e romance. O mundo fantástico proveniente de um jogo de tabuleiro – num cenário bem menos tecnológico que o de hoje – era algo que encantava e divertia, e acabou por transformar a obra em um jovem clássico. E o sentimento de apreço e nostalgia só cresceu ao longo dos anos, especialmente após a morte de Williams em 2014.
Por tudo isso, foi impossível receber com bons olhos a notícia de que iriam fazer um remake/reboot do filme. Ainda mais protagonizado por Kevin Hart, um exagerado comediante stand up que ainda não havia funcionado na tela grande. Se o longa não fosse uma tragédia, já seria algo para se comemorar. Mas melhor: o filme é bom. E realmente divertido.
Jumanji: Bem-Vindo à Selva
Sinto até a necessidade de reafirmar isso, afinal também era algo que não esperava. Mas, sim, o novo Jumanji: Bem-Vindo à Selva é bem legal e tem tudo para conquistar novos fãs e ainda agradar aos apaixonados pelo original. A opção por fazer uma continuação, ao invés de um remake, talvez tenha sido a decisão mais correta após baterem o martelo de que o projeto ia de fato acontecer.
Outra coisa que assustou os fãs quando anunciado era o fato de que agora, os personagens entrariam em Jumanji através de um video game, quebrando toda a magia do tabuleiro original. Felizmente, até isso foi bem trabalhado e a transição de um formato para o outro está bem justificado, mostrando que Jumanji é um jogo que faz de tudo para ser jogado.
Após uma breve abertura nos anos 90, com o resgate do tabuleiro do mesmo lugar em que foi deixado no filme original, a trama logo se muda para os dias de hoje, com quatro personagens clássicos do colegial americano: o atleta, a garota popular, o nerd e a anti-social que se esforça para não parecer bonita. Por uma série de fatores, acabam mandados para a detenção, no melhor estilo Clube dos Cinco.
Na detenção, encontram um video game antigo e decidem jogá-lo. Cada um escolhe seu personagem e, ao final, acabam sugados para o game. A partir daí, acompanhamos o quarteto em um clássico jogo dos anos 90, com fases, objetivos, mensagens positivas e personagens programados para sempre repetir as mesmas falas. E o melhor: os quatro assumem os corpos de seus personagens no game. O atleta vira o baixinho e fraco Kevin Hart, o nerd é ninguém menos que Dwayne Johnson, a anti-social vira a fatal Karen Gillan e a popular vira Jack Black.