
Casamento Sangrento
Grace(Samara Weaving) acaba de se casar com o herdeiro milionário de uma família especializada em jogos de tabuleiro. Antes de realmente integrar a família, no entanto, ela é obrigada a participar de uma tradição familiar: um jogo de esconde-esconde pela mansão dos Le Domas. Aos poucos, Grace percebe que a brincadeira inocente é na verdade uma caçada sangrenta contra a recém-casada, em que todas as armas e golpes são permitidos para assassiná-la. A jovem terá a difícil missão de sobreviver aos ataques até o amanhecer.
Esse entra para aquele seleto grupo de filmaços esquisitos que misturam os estilos de cineastas de terror sarcásticos como Eli Roth e Robert Rodriguez. Só que quem manda aqui é a dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett que já fez um filme meia boca de terror chamado “O Herdeiro do Diabo”, mas que agora apostaram certo na linha do humor negro.
A lindona australiana Samara Weaving de “Um Dia de Caos” é Grace uma mocinha nada comportada que está prestes a se casar com Alex (Mark O’Brien de “O Favorito”), herdeiro de uma família multimilionária. Os dois se amam, mas ela mal sabe que a família de Alex tem uma tradição peculiar: caçar e matar quem entra na família, caso a pessoa tire uma determinada carta num jogo que eles fazem. E ela é a felizarda (só que não).
Formado por um elenco meio que desconhecido, eles brilham por encarnarem estereótipos cômicos que por si só já divertem e quando o elemento de terror com o devido sangue e tripas se junta à história, o resultado fica na medida para o espectador não sair da cadeira, pular com os as mortes (as últimas são sensacionais) e ainda rir com as sacadas e personas de cada membro da família, visto que a protagonista funciona como alter ego do público, ou seja, a única que tem o pé mais na realidade, mesmo que ela vá se empoderando com o passar do tempo.
É interessante como, mesmo sendo totalmente maluca, a família se mantém a seriedade e crença no que fazem. Essa transformação da Grace de agente passiva para ativa a partir da segunda metade quando ela contra-ataca dá ainda mais energia à produção.
O desfecho desde já vira cult de fazer orgulho ao Tarantino. “Casamento Sangrento” é o novo “Um Drink no Inferno” com quase a mesma quantidade de energia e diversão.