
A Última Fronteira
Em tempos de revolução civil e política na África, a diretora (Charlize Theron) de uma agência humanitária que fornece ajuda internacional encontra um médico voluntário (Javier Bardem) e tem que tomar decisões éticas difíceis em relação às suas atividades no continente.
Às vezes acertamos com gosto, mas outras também erramos de forma gloriosa. Acertando ou errando, é sempre melhor mergulhar de cabeça e ir até o fim, tanto para um lado quanto para o outro. Essa pequena introdução filosófica resume bem a carreira… bem, da maioria dos artistas. Mas aqui, especificamente, falamos do astro Sean Penn.
Nem vale a pena voltar ao passado distante, ou à vida pessoal do ator, o casamento desastroso com Madonna ou os problemas com paparazzi; mas sim lembrar que há dez anos, Penn era laureado ao entregar sua obra-prima (e quarto filme como diretor) Na Natureza Selvagem. Na produção minimalista e extremamente emotiva – sem ser apelativa -, o cineasta dava um importante passo, demonstrando amadurecimento narrativo e estar em completa sintonia com os mais sinceros sentimentos humanos, criando uma verdadeira poesia em forma de filme.
Com Na Natureza Selvagem (2007) – que caso não conheçam, precisam correr atrás -, Sean Penn atingia seu auge como realizador. Corta para quase dez anos depois, tempo este que Penn escolheu usar como hiato na cadeira de diretor. Como ator, levou o segundo Oscar, por Milk – A Voz da Igualdade (2008), e depois disso não entregou nada de muito relevante.
Entre um affair com Scarlett Johansson aqui, outro com Charlize Theron ali, após o término de seu casamento com Robin Wright, nascia A Última Fronteira, seu filme mais ambicioso e pretensioso, que chega ao Brasil direto no mercado de home vídeo, já podendo ser conferido na programação da rede Telecine. A ideia aqui é por uma olhada nos bastidores do mundo altruísta dos médicos sem fronteira, e neste cenário ver aflorar uma grande história de amor.